Hoje li um email (conhecido), que traduz bem o que gostaria de escrever:
“O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua:
- Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Será que o senhor poderia redigir o anúncio para o jornal?
Olavo Bilac apanhou o papel escreveu: Realmente, muitas vezes, não nos damos conta das coisas boas que temos e sempre queremos mais ou o suposto “melhor”.
- Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Será que o senhor poderia redigir o anúncio para o jornal?
Olavo Bilac apanhou o papel escreveu: Realmente, muitas vezes, não nos damos conta das coisas boas que temos e sempre queremos mais ou o suposto “melhor”.
"Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda".
Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.
- Nem pensei mais nisso, disse o homem. Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tenho!”
Não valorizamos a casa em que moramos, quando muitos estão pedindo apenas uma cama para dormir; não agradecemos pela comida que temos na mesa, quando muitos pelo mundo só querem um pedaço de pão. No Haiti, as pessoas chegam a comer “bolinho de barro” com um pouco de sal, só para enganarem a fome! Brigamos com nossos filhos por estarem correndo dentro de casa (eu sou uma dessas pessoas!), quando muitos pais gostariam que seus filhos apenas saíssem da cama! Temos roupas... Muitos passam frio ou estão maltrapilhos; temos trabalho e muitos roubam! Alguns por total desespero, por não terem o que comer ou dar de comer aos seus filhos!