quinta-feira, 8 de abril de 2010

Dependência Emocional - A Tirania Interior


Li um artigo muito interessante e gostaria de compartilhá-lo com vocês. Espero que gostem e que, de alguma forma, ele possa ser útil.
 
A dependência emocional é o medo da liberdade e se caracteriza por comportamentos submissos, falta de confiança, dificuldade em tomar decisões, inabilidade para expressar desacordo e por um temor extremo ao abandono, à solidão e à separação.
É uma tirania encarregada de construir nossa prisão interior mediante alianças com o medo, a passividade, a negação da realidade e os sentimentos de culpa. Faz parte do caráter e se nutre de circunstâncias desafortunadas na infância de cada um. A dependência emocional se manifesta no comportamento afetivo, sexual, profissional, social e econômico.

O noivado, a lua de mel, os "casais perfeitos" ou as famílias sem problemas são idealizações que não se sustentam por muito tempo. A discussão franca pode gerar dor, raiva e dúvidas, porem é a única maneira de se chegar ao fundo das diferenças. Calar ou conciliar por comodidade é um grande erro, pois impede a solução dos problemas. A realidade nos demonstra que as famílias mais enfermas são aparentemente impecáveis, onde ninguém levanta a voz, não se discute e não há diferenças importantes. Nessas famílias, onde tudo aparenta harmonia e doçura, se cozinham em segredo, grandes rancores e profundas frustrações.

Na vida profissional, quando o empresário intui a necessidade de empreender grandes mudanças para superar dificuldades em seu negócio, porém espera que forças externas executem as ditas mudanças, a falência ronda seu caminho. A crença dos dependentes inclui: "para que incomodar-me, questionar a honestidade do meu braço direito na empresa ou criticar a empregada de confiança, ou exigir uma mudança ao meu cônjuge, ou falar claro ao meu filho, ou armar uma discussão, se isto pode causar desequilíbrio?”

Homens e mulheres baseiam suas eleições de par no socialmente aceitável, porém levam grandes sustos quando descobrem a mediocridade por trás da fachada. As piores escolhas ocorrem quando estão baseadas, primordialmente, no atrativo físico ou no poder econômico das pessoas. Em ambos os casos, cedo ou tarde, se não existe mais do que isso, as relações terminam convertendo-se em algo insuportável.

Através do medo da liberdade se perpetua a dependência emocional e as pessoas confirmam, assim, sua condição de prisioneiras. E quando essas circunstâncias geram angústia e/ou depressão, é provável que para aliviar tais sintomas se requeira tratamento médico, porém é necessário saber que a diminuição desses sintomas é só o começo de um processo mais profundo.

Um dos primeiros passos no processo da independência é combater a fascinação pela comodidade. "eu quero ser livre, porém não quero renunciar à minha comodidade". E isso, obviamente, é impossível, pois a liberdade só se conquista através do empenho cotidiano.

Conquista tua liberdade, ama de verdade os demais como são, não como você os imagina. Valoriza-te, evita frustrantes dependências, não te anules e não deixes que ninguém se anule ao teu lado. Recorda que somente quem é livre cria relações serenas nas quais se vive o verdadeiro amor: "unir-se sem igualar."

Tradução do texto "La Tirania Interior", Carlos e. Climent.

*Imagens retiradas do Google Imagens

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