Começamos mais um ano! Para alguns o começo
de uma nova fase ou o encerramento de um ciclo. Para outros o recomeço e a
certeza de que dias melhores virão...
Não acredito que este seja o momento de nos
torturarmos com os erros cometidos e, principalmente, nos erros que somos acusados.
Alguns deles, acredite, fazem parte dos julgamentos pelos quais somos
submetidos por aqueles que querem ter mais poderes sobre nossa vida do que nós
mesmos.
Libertemos a mente das culpas e angustias,
deixemos nosso espírito leve para receber com gratidão tudo aquilo que a vida
nos reserva. Um passo de cada vez e assim chegaremos onde queremos chegar!
Aqui estão meus votos para este novo ano:
1. Liberte-se das opiniões alheias
Esses dias li algo que me fez pensar, ou
melhor, repensar no quanto precisamos nos libertar da dependência e consequências
das opiniões alheias, as quais nem sempre nos levam onde queremos e precisamos
estar: “... as opiniões dos outros são
muletas. Quem tem pernas fortes como eu, não precisa de muletas...”. Somos
incrivelmente fortes e, embora duvidemos, somos capazes de seguir nosso caminho
e ir muito além do que imaginamos. O que nos limita, na maior parte das vezes,
é a dependência da aprovação dos outros para algo que diz respeito apenas a
nós. É pelo nosso futuro e felicidade que estamos lutando, então por que
entregar aos outros algo tão valioso? Nossas pernas são fortes para a caminhada
e, também, para levantarmos após uma queda, mesmo que elas sejam frequentes. Ainda
assim as quedas não nos impedirão de chegarmos onde desejamos. Existe uma
enorme diferença entre a opinião que nos limita e o conselho que nos sugere
melhoras. Pense nisso!
2. Valorize-se!
Tenha a consciência do próprio valor e não permita
que ninguém o desmereça! Não se submeta, de maneira alguma, ao desdém das
pessoas e nem que elas te diminuam. Se elas não forem capazes de enxergar a sua
beleza e reconhecerem o quão especial você é, então busque quem possa retribuir
a sua existência com alguma gentileza. Não espere reconhecimentos, mas
conquiste o seu espaço e saiba, sobretudo, se valorizar. O valor não está no
que pensam de você e sim em quem você de fato é!
3. Seja gentil com você
Normalmente esperamos das pessoas a
gentileza que não somos capazes de oferecer a nós mesmos. Liberte-se! Olhe mais
para si e pare de se preocupar com os olhares dos outros. Nem sempre as pessoas
nos olham da forma que gostaríamos, pois é comum, em cada forma de olhar
existir, mesmo que subliminarmente, um julgamento. E quem precisa ser julgado
em suas próprias batalhas?
4. Pratique o perdão
É difícil, mas necessário! Perdoar é
libertador, mas não o faça se não vier do coração. Perdoar é diferente de virar
a página. Ele exige algo maior que vai além de nossa vaidade ou ego, mas indica
o quanto evoluímos com essas experiências e, acredito que, evolução seja o
grande objetivo dessa nossa passagem.
5. Procure
a sua felicidade
Eu sempre pensei que a felicidade estaria
no topo da minha lista de desejos. Por muitos anos a deixei lá e cada vez que
revisava a minha lista ficava frustrada por não identificar a felicidade na
minha vida. Após longos e árduos anos, entre muitas quedas, recomeços,
decepções, frustrações e mágoas; entendi que estava invertendo a ordem das
coisas ou que não havia percebido no que consiste, de fato, a felicidade. Não pense
nela como algo que fica escancarado e a mostra para quem quiser ver. Felicidade
não se trata daquilo que você quer mostrar aos outros, mas com aquilo que
mantem a sua paz e tranquilidade. Ela age silenciosamente e somente você a
percebe. É como aquele vento suave que surge inesperadamente num momento que
você precisa se refrescar. Você não sabe exatamente de onde ele veio e nem de
que direção... você apenas o sente e sabe que foi o necessário para lembrá-lo
do quanto precisamos de coisas pequenas e quase que imperceptíveis para nos sentirmos bem. Talvez, em nossas
buscas, imaginamos a felicidade como algo grandioso que vai nos salvar de todas
as mazelas da vida e aí está o equívoco que causa a frustração e torna nossa
busca incessante.
Procure a sua felicidade e não exija
resultados monumentais. Aprecie as pequenas conquistas, o sabor do sorriso e,
sobretudo, a paz que acalma seu coração. No final das contas encontramos a
felicidade dentro de nós, em lugares tão secretos que se não formos cautelosos,
ignoraremos a sua existência e, consequentemente, negligenciaremos a nossa própria
existência. Então, passaremos a dar ouvidos às opiniões alheias, deixaremos de
reconhecer nosso valor, de sermos gentis conosco acumulando culpas
desnecessárias e, desta forma, transformando nossas próprias insatisfações em
mágoas que nos impedirão compreender a necessidade do perdão. Percebe que boa
parte do conteúdo está em nós e não nos outros? Temos todas as ferramentas e,
mesmo assim, achamos que os outros farão mais por nós do que nós mesmos.
Que este seja o ano do seu despertar! O ano
em que você será apenas você e não aquilo que esperam ou querem de você.
Jackie
Freitas