terça-feira, 17 de maio de 2011

O Silêncio Como Resposta

Não sei quanto aos outros, mas eu tenho o meu limite e tolerância para verbalizar sentimentos, pensamentos e opiniões...
Percebo que quase todos passam boa parte do tempo explicando-se por atitudes suas, justificando as dos outros, dando respostas a tudo e todos por coisas que nem sempre precisam de respostas. Às vezes os fatos estão tão claros e visíveis que não precisamos responder nada... Faz parte de minha natureza conciliadora querer resolver tudo o que for possível através do diálogo, porém, há momentos em que não temos êxito e, infelizmente, ficamos a mercê das conclusões e julgamentos dos outros. E muitas pessoas carregam em si, em sua forma de verem o mundo e aos outros; uma maldade absurda que antecipa conclusões errôneas e injustas! Não vou discutir aqui sobre justiça ou o que seja certo e errado, afinal, cada um tem o seu modo particular, a partir de suas experiências, de agir e pensar como quiser...
Muitas brigas são alimentadas justamente porque as partes sempre estão dispostas a defenderem os seus interesses e opiniões, então, verbalizar acaba sendo a saída para que as defesas e acusações sejam mantidas. É uma luta interminável e quase sempre sem vencedores! Ontem, meu marido me disse que as brigas são como partidas de tênis... rsrs... Se houver jogador do outro lado, rebatendo a bola, o jogo durará e poderá, até, levar os jogadores à exaustão física e emocional! É verdade! Quando não tem rebatedor, disse ele, a bola cai e o jogo acaba! Eu sei que é difícil, muitas vezes, não reagirmos às ofensas e não rebatê-las, às vezes até com brutalidade, demonstrando toda a fúria causada; porém, onde isso nos leva?
Eu sempre pensei que todas as pessoas, por mais defeitos que tenham, merecem crédito, carinho, atenção e compreensão. Um grande amigo e mestre, uma vez me disse que não podemos desistir do ser humano porque todos têm direito a erros e acertos. A própria justiça permite que até mesmo o pior criminoso tenha direito à defesa... Mas, no dia-a-dia, agir com todo esse senso de justiça nos exige muito mais do que bom coração ou compaixão. Exige forças que nem sempre temos e, por mais que tentamos encontrá-las, nossos problemas (que também pedem por soluções) impedem que a encontremos.
Então, apesar de alguns acharem que é sinal de fraqueza, fuga ou medo de encarar o “adversário”, aprendi que, em muitos casos, o silêncio acaba sendo a melhor resposta! Através dele, não permitimos que as palavras causem mais mágoas a nós e nem aos outros... O silêncio tem poder curativo, pois nos possibilita avaliar interiormente nossas ações e o rumo que nossos pensamentos nos levam. Também faz com que o “adversário” reflita sobre os seus julgamentos e acusações.
Passei boa parte da minha vida ouvindo o meu pai dizer: “Quando um não quer dois não brigam!” e, confesso, demorei muito para colocar isso em prática. Fico sempre assustada em ver como as pessoas fazem da vida um verdadeiro campo de batalhas, acreditando que todos querem brigar e se ferir! Passam o tempo todo armadas com seus pensamentos e conclusões maldosas, julgam e enxergam a todos como inimigos, e partem para ataques insanos! Certamente a vida não é fácil para ninguém e todos nós já passamos (ou estamos ainda passando) pelas provações, mas isso não dá o direito a nós e às pessoas para saírem agredindo quem surge à frente!
Tenho como princípio o lema: “se não posso ajudar, também não atrapalho”, então, em casos assim, deixo o meu silêncio como remédio... E espero que ele possa curar não apenas a mim, mas àqueles que não exercitaram o bom senso e pensamento antes de proferirem suas duras palavras.
Sendo assim, deixo o meu silêncio como resposta... Precisamos escutar o som da vida e encontrar nela as respostas sobre nossas atitudes e modo de viver...
Jackie Freitas
“Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.”
*Imagens retiradas do Google Imagens

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