domingo, 3 de junho de 2012

A Corrente do Bem

Os meus filhos passaram pela experiência da “Corrente do Bem”. Proposta pela escola em que estudam, vivenciaram uma semana de prática e recebimento do bem, percebendo, desta forma, os seus reflexos... Reflexos que puderam ser sentidos, inclusive, por todos nós que estamos diariamente com eles.
Essa experiência, com toda a sua simplicidade e princípios tão básicos, porém, de extrema importância; fez com que eu retomasse a velha e boa reflexão sobre a origem do bem.
Pensamos muito, e às vezes de forma equivocada, em como podemos ajudar ao próximo e, assim, modificar o mundo. Pensamos com exaustão num modo de promover o bem para que nossas ações sirvam de exemplo e inspiração às outras pessoas. Entretanto, numa simples lição de casa é possível identificar o bem em sua essência e compreender que não há fórmulas mágicas ou impossíveis para que seus efeitos sejam positivos e corram numa velocidade surpreendente...
Já conversamos aqui sobre a “gentileza que gera gentileza” ou o “fazer o bem sem olhar a quem”, mas todo esse discurso jamais terá sentido se não enxergarmos profundamente onde ele começa. E o seu começo foi exposto por dois pequenos meninos (meus filhos)!
Quando escuto alguém dizer que é preciso apenas uma semente para que se plante e colha o bem, vejo, através de meus filhos, toda a veracidade deste conceito! Vejo neles e em todas as outras crianças a possibilidade de reversão das simples ações em grandes benefícios, cujo princípio se dá através da gentileza, carinho, atenção e respeito para com o próximo... Ações que certamente agem positivamente não apenas em quem as recebe, mas também (e talvez principalmente) em quem as promove.
Chega ser assustador quando constatamos que não é necessário ir tão longe para buscar maneiras de demonstrar os efeitos do bem. Não estamos distantes dessa conquista! Ao contrário dos cientistas que estudam anos e testam incansavelmente em laboratórios alternativas para a cura de doenças que parecem incuráveis, temos em nós mesmos a chance de promover e perpetuar o bem. Talvez seja esse o elemento fundamental para disseminar não a cura em si, mas a prevenção de muitas doenças. E a cura pode ser apenas uma consequência...
Enxergar em duas crianças a felicidade e o prazer pela prática do bem me faz querer voltar à escola... Faz com que me sinta pequena diante de tanta nobreza, pura e despretensiosa, porém verdadeira; onde o mundo é exatamente como deveria ser para todos: bom e comum, com direitos e igualdades, sem discriminações ou privilégios. Simplesmente porque as crianças compreendem com naturalidade as razões que nos unem, sem exclusões ou diferenças, quebrando as correntes do egoísmo e, em seu lugar, proclamando o bem puro e simples!
Talvez todos nós devêssemos retomar esse aprendizado e deixar que a essência natural que um dia tivemos, aflore novamente. Talvez devêssemos olhar mais as crianças e torná-las nossos mestres. Talvez devêssemos olhar para o mundo de modo mais simples e menos egoísta. Se quisermos que o bem se espalhe, comecemos modestamente, olhando aqueles que estão perto de nós... E estes, olhando os outros... E os outros olhando outros, até que o bem chegue novamente a nós...
Acredito nesta força e tenho certeza que ela não pode se romper se mantivermos unidos os mesmo ideais.
Não me preocupa mais as curas, pois vejo que o futuro nos promete algo maior! As crianças de hoje podem e serão os benfeitores deste mundo. Não me preocupa mais a velhice, pois sei que encontrarei uma ou várias pessoas arrumando com bondade e carinho o meu repouso... Dormirei feliz sabendo que o mundo estará em boas mãos!
Jackie Freitas
Dedico este texto, com louvor e agradecimento, à escola e aos educadores dos meus filhos. Vocês regaram duas lindas sementes e os seus frutos já se espalharam...
*Imagens retiradas do Google Imagens

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