domingo, 28 de julho de 2013

Vivendo Entre o Sonho e a Realidade

Tenho travado muitas batalhas e, sinceramente, não sei se luto em prol de alguma guerra, senão uma própria, pessoal e que diz respeito unicamente a mim. Tenho tentado mudar ou, pelo menos, partir de um ponto, meticulosamente reavaliado, a fim de concluir coisas que venho me negando a aceitar... Se eu disser que obtive alguma resposta, estarei mentindo; mas, se disser também que não consegui compreender nada, minto igualmente.
O fato é que quanto mais persisto nessa cruzada, mais distante fico dos meus sonhos, mas isso, com o passar do tempo, torna-se constatação de que a realidade está distante de qualquer sonho. Questiono os sonhos... Eles existem, mas às vezes é apenas um lugar seguro onde nos escondemos para atenuar a dor da vida que temos.

Não podemos ficar lá escondidos por muito tempo, senão nós mesmos deixamos de ser reais e nos tornamos parte de uma ficção... E o sonho perderá o seu confortante sentido, assim como a vida e tudo o que nos cerca.
Por muito tempo acreditei que os sonhos pudessem se tornar realidade, mas descobri que tudo depende de como os sonhamos e o quanto os confundimos com a vida que idealizamos. Querer é poder, dizem, mas é preciso saber o que querer, é preciso manter os pés no chão e não nos afastarmos demais da realidade. Podemos, sem dúvida alguma, porém tal poder é limitado e deve ter as suas raízes fincadas em solos possíveis e não imaginários.
Não digo que os sonhos sejam inúteis e não condeno, nesta altura do campeonato, quem os mantém como cobertores que aquecem suas almas esperançosas, desiludidas e ansiosas por novos horizontes. Peço somente cautela e atenção nesta linha, quase invisível, que divide o real do ilusório para que o repentino despertar não cause danos maiores do que os já enfrentados nessa árdua luta que insiste em nos manter alertas.
Muitas vezes dizemos: “parece que estou vivendo um sonho!” porque duvidamos das generosidades que a vida pode nos oferecer, mas sabemos que mesmo nesses momentos precisamos ser realistas e não devemos ir além das expectativas criadas por sonhos fantasiosos e que nos levam a caminhos sem saída.
Quanto mais cedo aceitarmos a vida e procurarmos vivê-la com realidade, menos nos agarraremos aos sonhos e tampouco os usaremos como desculpas para eventuais fracassos ou desilusões. Despertemos! Mas façamos desse despertar o mesmo que fazemos todos os dias: acordando de um sonho para vivermos um novo dia, com planos concretos e com a mesma esperança depositada nos sonhos; porém, sem confundi-los!
Jackie Freitas
“Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta.”

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