sábado, 30 de dezembro de 2023

Em Busca da Própria Verdade

 

Mais um ano se passou e muitas coisas se passaram com ele...

O que buscamos de verdade? Vou refazer a pergunta: nós realmente buscamos aquilo que queremos ou ficamos sentados, com os braços cruzados, esperando que o que queremos venha até nós?


Então, a partir desse ponto, vou utilizar esse espaço e momento para fazer uma confissão: eu me acomodei! Passei anos da minha vida sentada, com os braços cruzados, totalmente acomodada e à espera que tudo caísse no meu colo. Não lutei o suficiente, embora eu insistisse em acreditar numa luta que só fazia sentido para mim e ao meu comodismo. Passei anos e anos lutando apenas contra mim mesma, me sabotando e, pior, convicta de que havia uma causa nobre, quando na verdade a única causa era a cômoda sensação de que tudo estava dando certo, “dentro do planejado”. Mas, nada estava certo... nem eu, nem minha luta, minha causa ou, sequer, minha própria vida!

Quando pensamos (e adoramos afirmar) que o tempo nos traz sabedoria, sentimos que temos esse recurso guardado na manga para ser aplicado a qualquer momento, quando tudo estiver perdido. É o tal do plano B entrando em ação para que possamos correr atrás e mudar tudo aquilo que constatamos que não está certo. Correr atrás do tempo é algo impossível, então o que nos resta é reajustar o nosso tempo, recalcular a rota e seguir por um caminho novo, porque aquele tempo passado e os caminhos já percorridos não estão mais à nossa disposição. Ou aproveitamos ou tudo foi perdido! Ou aprendemos ou tudo, também, foi perdido! A questão é: aprendemos? E se aprendemos, por que insistimos nos mesmos erros? Se o tempo nos traz sabedoria, então por que demoramos tanto pra entender a importância (e consequências) dos nossos atos e escolhas?

Chico Xavier, entre muitas verdades, disse: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”. Pois bem, então vamos começar, ou melhor, recomeçar a nossa história? Como diz meu irmão, longe de ser um Chico Xavier, mas que, pela força do amor e experiência de vida, me ajudou bastante nesse processo de retomada de consciência (obrigada, meu mano amado!): Corrigir o curso, traçar uma nova rota...

Voltando ao inicio desta mensagem, passei muitos anos tão acomodada; não numa vida, mas num “estilo” de vida que me levou a fazer escolhas que me transformaram em alguém que se acomodou e deixou o tempo passar... Talvez, na versão pessimista, seja tarde para resgatar tudo o que foi perdido; porém, analisando através da visão de Chico Xavier e até mesmo do meu irmão, eu ainda tenha condições de recomeçar a minha história e escrever novos capítulos que, no final, surpreenda a todos, inclusive a mim mesma! Então, que assim seja!

Como todos os anos, venho aqui para deixar a minha mensagem de final e começo de ano e, desta vez, quero passar a todos apenas uma realidade. Quero que reflitam o meu desabafo e a minha “exposição” para entenderem que o tempo está passando. Cada vez mais rápido! Abrimos os olhos no dia primeiro de janeiro e quando piscamos já estamos no final de dezembro! Lembrem-se do quão valiosas são suas escolhas e decisões e no quanto elas refletem no seu tempo. Não passem a vida acomodados ou de braços cruzados esperando que aquilo que querem chegue facilmente, sem luta e sem empenho. Não esperem que as suas obrigações sejam dos outros! Utilizem cada segundo do seu tempo, desde já, com sabedoria! Não esperem que os anos se acumulem para que, finalmente, a consciência desperte, porque lá adiante, verão que o tempo é muito precioso e que cada segundo importa no percurso que traçamos.

Quando chegamos ao final de todos os anos, buscamos resoluções, soluções, fazemos promessas, criamos em nossa cabeça um mundo e vida perfeitos, ansiamos por sermos alguém que até então nunca fomos... Planejamos e, no final, os projetos não saem do papel ou da nossa mente. Então, que neste novo ano possamos fazer diferente! Como? Sendo a nossa melhor versão e não uma nova pessoa. Porque essa nova pessoa não existe! Sempre seremos nós mesmos, fazendo novas escolhas e seguindo novos caminhos e é aí que está o segredo: que sejamos a nossa melhor versão, fazendo escolhas que nos levem a novos caminhos e que esses caminhos nos levem àquilo que, de fato, buscamos! Apenas isso! Que possamos levantar e caminhar, que descruzemos os braços e o levantemos ao céu em agradecimento e que, finalmente, sejamos fortes para andar com o tempo e não correr contra ele!

Pensem na generosidade da vida, porque por mais que sabotemos a nós ou ao nosso tempo, ela nos permite novas escolhas, nova direção, novos caminhos...

Que venha, então, 2024! E que possamos lembrar-nos dele como um novo ano não para uma nova pessoa, mas para alguém que sempre existiu em nós e agora decidiu viver de verdade!

Feliz Ano Novo a todos!

 

Jackie Freitas

 

Dedico esse texto aos meus filhos que tanto me ajudam em gratidão e amor (vocês são as melhores pessoas do mundo e eu os amo demais!); ao meu irmão Fábio que sempre esteve ao meu lado, incondicionalmente, me fortalecendo e apoiando e, sobretudo, me amando pelo que sou e não pelo que ele gostaria que eu fosse (um pelo outro, mano! Te amo!); ao meu amigo/anjo José Roberto que, também, nunca desistiu de mim e sempre esteve ao meu lado em todos os momentos, empenhado em me fazer acreditar e enxergar a pessoa que sou (obrigada “José” pela paciência e amizade tão verdadeira!). E, finalmente, ao meu marido que, ao seu modo, me ajudou a despertar (obrigada por tudo!).

Eu acredito em Deus... e todos os dias peço a Ele que cuide de cada um de vocês de modo tão especial quanto são para mim. Que assim seja... Amém!

 

 

 

*imagens retiradas do Google Imagens

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