Nunca Diga Nunca!
Um dos perigos de se cruzar tais portais é o de trancá-los com as chaves definitivas e conclusivas do “nunca” ou “para sempre”!
É preciso tomar cuidado ao sair e fechar uma porta atrás de si, pois a mesma poderá, um dia, servir como caminho de volta nas muitas voltas que a vida dá... Neste caso, o nunca perde o seu sentido original de comando, decisão e poder... Derruba a certeza de que a invencibilidade não nos levará de volta por caminhos já percorridos. Remove a ilusão de que o para sempre determina a eternidade de atos certos ou incertos, compactuando com o nunca para que pensemos numa onipotência arrogante e nos impeça a humildade de reconhecer quando é preciso se desfazer de conceitos firmados para recuar e voltar, se preciso for, ou até mesmo perdoar a si e aos outros...
Podemos, sim, acreditar no nunca e no para sempre, mas sem esquecer-nos de que nada é definitivo ou imutável...
Se você estiver atravessando algum portal ou encerrando um ciclo, não se esqueça disso: o nunca e para sempre são tempos longos demais e não nos pertencem!
A vida nos prega muitas peças e é por isso que não podemos ter esses “tempos” nos limitando e impedindo, muitas vezes, uma nova chance de olharmos de outra forma... E uma releitura pode nos mostrar algo que esteve sempre diante de nós, mas que fora ofuscado ou negligenciado pela soberba da onipotência!
Quando Alice estava no País das Maravilhas, ela perguntou ao Coelho: “Quanto tempo dura o eterno?” E ele respondeu: “Às vezes apenas um segundo!”.
Nunca diga nunca! Mantenha os canais abertos (e as portas também) e que sejam eternos enquanto durarem...
Compreender o significado disso é um passo para mensurar o tipo de poder que temos!
Pense nisso!
Jackie Freitas
*Imagens retiradas do Google Imagens
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