Coração...
Antigamente eu pensava que se abrisse o meu
coração, sofreria consequências irreparáveis... Porque o coração é a nossa
parte mais sensível, frágil e humana. Um coração machucado leva muito tempo
para se curar e, então, como precaução, o blindamos! E é embaixo dessa
blindagem que ele se regenera. É sob essa blindagem que ele tenta, lentamente,
regular o seu compasso e devolver-nos uma vida calma e tranquila...
Porém, toda blindagem também traz consigo um
efeito colateral que devasta tanto ao coração quanto a nossa alma...
O coração, na verdade, precisa de liberdade
para que os seus movimentos nos indique o grau das emoções vividas. Ele é o
nosso termômetro e, muitas vezes, nossa bussola. Se estiver blindado, jamais
saberá nos orientar! Será como caminhar às cegas por um caminho linear, morno, silencioso...
E o que é a vida senão uma loucura de altos
e baixos, de erros e acertos, risos e lágrimas? O que seria de nós se esse
frágil órgão não batesse descompassado e enlouquecido? Qual seria a graça se não
perdêssemos o fôlego e sentíssemos como se o coração saísse do peito e viesse
morar em nossa garganta? Por que blindar algo que foi feito para pulsar forte
dentro de nós?
Hoje eu penso nas tantas vezes que impedi o
meu coração de bater e, por isso, decidi deixá-lo tocar em seu ritmo. Ora
acelerado demais e ora fraco como se precisasse de um choque para lembrá-lo que
sem ele, não sou ninguém e nem vou a lugar algum!
Aprendi, apenas, a cuidar melhor dele...
Sem blindagens, mas com uma sensibilidade maior, porque no final das contas os
danos serão inevitáveis, mas o prazer de sentir-se vivo será a melhor
recompensa!
Há muitas teorias de como se deve tratar o
coração, mas, acredite na melhor de todas elas: com amor! E nem pense que será
pelo amor que os outros nos darão, porque para isso não há garantias e nem
certezas. A única certeza que podemos ter é que se um coração for tratado “por
nós”e com o “nosso amor”, a sua saúde será plena... Assim como a nossa vida!
Carpe Diem!!!
Jackie
Freitas
“O
mais terrível não é termos nosso coração partido (pois corações foram feitos
para serem partidos), mas sim, transformar nossos corações em pedra.”
*Imagens retiradas do Google Imagens
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