Eu, tu , ele, NÓS... FÊNIX!

Renascer… é isso que a maioria de nós faz quando passa por transformações drásticas na vida! Não há outro modo de “seguir em frente” senão renascendo após a reconstrução de si mesmo.

Outro dia estava lembrando de quando criei esse blog e o motivo da escolha do nome Fênix…. Obviamente pela simbologia dessa ave mitológica, mas, principalmente porque, naquele período, era exatamente como eu me sentia: uma pessoa ressurgindo de suas próprias cinzas! Ainda hoje me vejo nesse processo que parece não ter fim: lutando, morrendo em batalhas e, depois de renascer numa versão diferente das anteriores, continuando com a vida que não “pega leve” em seus duros testes! Mas, a grande pergunta é: E quem não? Quem não passa por isso? Portanto, concluindo de forma muito obvia, somos TODOS, afinal, Fênix!

Na minha humilde opinião, independente da sua simbologia, Fênix deveria ser um tipo polissêmico de palavra, significando vários verbos, simultaneamente, como: levantar, superar, recomeçar, ressurgir, renascer…. Eu, tu, ele, nós… Fênix! Porque estamos, na maior parte da vida, com o modo Fênix acionado, principalmente quando precisamos superar uma etapa e começar um novo ciclo (“restart”). Somos, como se autodenominava Raul Seixas, “uma metamorfose ambulante”, e talvez, essa seja a graça da vida….

Não quero dizer aqui que, esse processo de transformação pelo qual passamos, seja divertido! Muito longe disso; afinal sabemos da dor que enfrentamos cada vez que caímos e de quanta força (tanto física quanto emocional) precisamos para nos levantar! Algumas pessoas, inclusive, lamentavelmente nem conseguem se reerguer e se tornam as suas próprias cinzas! Entretanto, como sabemos, tudo isso é necessário e faz parte de um outro processo, muito mais complexo, que é o do crescimento!  

Lembro que quando era pequena, ouvia a minha avó dizer que “a asa da galinha não mata o pintinho” e, confesso, apliquei essa frase muitas vezes para justificar a “severidade” para com os meus filhos, porque, de algum modo, absorvi esse sistema antiquado de educação (o que não justifica, é claro, mas mostra a nossa disposição em repetir padrões). De fato, a “asa da galinha” não mata, então, logo penso que se sobrevivemos a esse método/conceito tão primitivo, por que achamos que as provações nos matariam? Não estaria o Criador, que é o nosso Pai Maior, nos dando (através das provações) aquele “sacode” para que estejamos atentos e cada vez mais fortes para o crescimento que Ele tanto anseia?

Temos uma tendência natural de achar que os nossos problemas, assim como as nossas dores, são maiores e, às vezes, mais importantes que dos outros…. Fazemos isso de forma tão automática e irracional, que mal nos damos conta do egocentrismo que reveste a vítima que há em cada um de nós. Nossas dores, nossos sofrimentos, nossas perdas…. Tudo gira em torno de nós pois, acreditamos que, de fato, morreremos tragicamente nesse triste cenário. Esquecemos da Fênix porque, para que ela se manifeste, é preciso que enfrentemos a morte. Morremos para depois renascer, não é assim? E quem, em sã consciência, se habilita? Aí, escuto a minha avó, com a sua incrível tese sobre a “asa da galinha”, e Nietzsche dizendo: "O que não te mata, te torna mais forte." Mas, sabe, meu caro Nietzsche, às vezes, as questões desse dilema giram apenas em torno da resistência à morte ou da simples sobrevivência…. E, dentro desse contexto, não nos tornamos mais fortes e sim pobres moribundos que temem mais a vida do que a própria morte. Porque viver exige esforços, sacrifícios, abdicações, concessões e muita (muita) resiliência! Ou seja, dá trabalho! E é um trabalho em tempo integral e, sem sombra de dúvidas, para os fortes!

Mas, para a nossa “sorte”, a Fênix que há em cada um de nós sempre ressurge! E sabe por que? Porque quanto mais “mortos” e destruídos estivermos, mais forte ela se manifestará…. Faz parte do espetáculo dela, faz parte do nosso processo de crescimento, faz parte da necessidade de renascimento para um novo ciclo…. O medo, a dor e o sofrimento são ingredientes dessa alquimia, assim como, também, outros elementos imprescindíveis como: o amor genuíno, a gratidão e a fé! Muita fé! A mesma fé que é capaz de mover montanhas!

Quem já não leu ou adotou para si, como mantra, aquela clássica frase bíblica que diz: “Tudo posso Naquele que me fortalece”? Significa que, com fé, podemos superar todo tipo de situação. Que precisamos deixar para trás tudo o que nos causou dor ou algum tipo de sofrimento, porque não precisamos mostrar nossas forças carregando esses ou

qualquer outro tipo de peso! Muitas vezes pensamos que Deus deu uma cruz para cada um de nós e que esse é o peso que merecemos ou a nossa penitência. Mas, não! Deus nos pede fé e, sobretudo, que confiemos no amor e misericórdia que Ele tem para conosco! Então, mesmo que eu me encontre soterrada nos meus escombros, eu confio Nele!

De um jeito muito estranho, a minha avó, com as “asas da galinha”, estava certa! A vida é confusa e seus caminhos tortos, porque, como dizem, Deus escreve certo por linhas tortas…. Podemos morrer um pouco a cada dia, mas podemos, também, renascer com toda a força, numa versão melhorada de nós mesmos! Então, sigamos em frente, utilizando todos os recursos disponíveis: nossa Fênix, as asas da galinha (que não matam) e a imensurável fé em Deus. Não tem como dar errado! No final, sempre renascemos!

Eu acredito e confio, e você?

Jackie Freitas

Comentários

  1. Maravilha, gostei muito!

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    1. Olá! Fico muito feliz em saber que você gostou da minha mensagem! Muito obrigada pelo carinho! Um grande abraço!

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  2. Perfeito, amei Jackie ❤️🙏😘

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    1. Olá! Fico muito feliz que tenha gostado! Muito obrigada pelo carinho e comentário. Deus te abençoe!!!

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