Como Temos Vivido?

Começamos o ano…

Deixamos para trás as frustrações e os infortúnios… renovamos as nossas
promessas e os nossos desejos; afinal, ano novo, vida nova….

Todos os nossos “fracassos” ficaram para trás! Teoricamente, todos os erros serviram como aprendizado para que, neste ano, sigamos por novos caminhos ou pelos mesmos caminhos, mas de forma diferente!

Quando pensamos no processo da evolução, considerando as experiências como nossas educadoras, nos tornamos pessoas melhores a cada ano vivido? Você já parou para fazer uma retrospectiva, não apenas dos acontecimentos, mas, principalmente, de você e dos seus atos? Você se vê diferente a cada ano, em evolução ou do mesmo modo de sempre?
Nos últimos meses eu tenho feito muitas perguntas…. Tenho me questionado, principalmente, sobre o nosso comprometimento com a vida! Porque, depois de muitas idas e vindas, altos e baixos, percebi que vivemos literalmente como se não houvesse amanhã, ou seja, sem consequências…. Escutei esses dias o Zeca Pagodinho em seu clássico “Deixa a vida me levar” e vi que é o que, no final das contas, temos feito: apenas deixando a vida nos levar… Não te parece uma enorme displicência para com a vida? Onde está o empenho em, de fato, viver a vida com atenção, cuidando dos seus pequenos detalhes: o sorriso, o bom pensamento, o respeito e gentileza ao próximo, o interesse pelo aprendizado e autoconhecimento? Parece quase que irresponsável apenas deixar que a vida nos leve, como se, dessa forma, pudéssemos nos isentar das verdadeiras responsabilidades que o viver exige….  

Um dia desses escutei um discurso, baseado numa reflexão budista, sobre aquilo

que deveria ser a base ou o norteador da nossa existência…. Três perguntas que frequentemente deveríamos nos fazer para o ajuste de rota, principalmente quando nos sentimos sós e perdidos:

1)  O quanto você realmente amou?

2)  Quão plenamente você viveu?

3) Quão profundamente você deixou as  coisas irem?

Para quem tem utilizado os questionamentos para a obtenção das próprias respostas, essas três perguntas são um bom ponto de partida. Elas sugerem que façamos uma investigação profunda sobre o modo como temos vivido, incluindo a nossa relação com as pessoas e as coisas materiais…. Porque, de algum modo, transformamos pessoas e coisas numa coisa só! O amor perdeu o seu verdadeiro significado e foi convertido em moeda de troca…. Então, a pergunta que, para mim, não quer calar é: de que forma temos vivido?
Não podemos viver plenamente se, ao longo do caminho, perdemos o amor… inclusive o amor próprio! Deixamos para trás valores (neste caso, moral), pessoas e sentimentos que não apenas nos mostrariam a beleza da vida, como, também, nos falariam sobre o que é viver! Nos dias de hoje, principalmente, há uma total inversão de valores: abrimos mão das pessoas que amamos, mas não das coisas que adquirimos e nos apegamos, porque superestimamos as coisas e não as pessoas; exigimos atenção de todos, mas, sequer, notamos uns aos outros; pedimos a Deus uma vida melhor, mas, ao invés de fazermos a nossa parte, apenas deixamos que ela (vida) nos leve… e, quando perdemos o rumo, de quem é a culpa?
Portanto, neste início de ano, espero que todos possamos obter as respostas
necessárias para a correção da rota, através desses indispensáveis questionamentos para que, no final deste ano ou de todo o trajeto, tenhamos a certeza de que vivemos plenamente: com amor, gratidão, respeito e, sobretudo, com comprometimento!

Lembre-se, a vida é muito mais do que uma simples passagem…. É a oportunidade do nosso fortalecimento, crescimento e evolução espiritual! A vida não nos levará a lugar algum se não reconhecermos a benção dessa experiência e não a retribuirmos com gentileza e responsabilidade! Então, aproveite cada instante desse aprendizado e viva! Plenamente… VIVA!

 Jackie Freitas

 Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.

Oscar Wilde

 

Comentários

  1. Ah, como é bom relembrar os tempos de diHITT e as discussões filosóficas (e, claro, polêmicas) que a galera tinha por lá. Fico aqui refletindo com você, Fenix, e realmente, será que estamos evoluindo ou só seguindo o fluxo, como se fosse uma grande onda que nos leva sem direção?
    Quando você fala sobre "deixar a vida me levar", é uma sensação que me parece tão comum, mas ao mesmo tempo, perigosa. Acho que o verdadeiro desafio está no equilíbrio entre aproveitar o presente e ser responsável pelas nossas escolhas. A gente não pode se esquecer de que, ao final, a vida vai nos cobrar... talvez não agora, mas sempre chega o momento de olhar para trás e ver se nossas escolhas nos levaram para onde realmente queríamos.
    E, claro, eu não poderia deixar de perguntar: você ainda se lembra do polêmico Dieguito de outrora? 😂 Aqueles tempos de debates acalorados e muitas risadas… ou será que ele também deixou o "deixa a vida me levar" dominar seus rumos?

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    1. Dieguito, meu querido, como não lembrar de você e dos nossos intensos debates? Como não lembrar daquelas montagens maravilhosas (com dublagem e tudo!) daqueles episódios de Friends? Realmente é ótimo lembrar esse tempo que foi tão rico e construtivo em nossas vidas! Querido, uma coisa que tenho aprendido (e testemunhado) é que o boleto chega! Não importa o quanto demore, mas a conta sempre chega! Por isso, enquanto temos tempo (literalmente) é importante revermos nossos atos, recalcularmos a nossa rota e, se possível, promovermos aquela reforma íntima tão importante e necessária para o nosso crescimento! Não sei o quanto cresci (ou se cresci!), mas outra coisa que a vida tem me ensinado, também, é não desistir de mim mesma! Avante, Dieguito!
      Muito obrigada pelo carinho e pela honra da sua visita!
      Fique com Deus! Beijão!

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