O processo de reconstrução não é fácil.
Primeiro, porque admitir a necessidade de se reconstruir é ter que aceitar a
derrota e o fracasso de projetos mal sucedidos, de sonhos perdidos ou do
confronto com uma verdade que não queríamos enxergar. É chegar num beco sem
saída e ter que repensar num modo menos doloroso e traumático de retornar e
recomeçar, mesmo que essa ideia nos cause desconforto e medo de passarmos
novamente por tudo o que nos machucou. É como se já não acreditássemos mais em
nós mesmos e nem na capacidade de superar os traumas passados.
Contudo, recomeços (e eu coloco no plural
porque são muitas as vezes que precisamos recomeçar), apesar de não serem
fáceis, são novas oportunidades que nos damos para fazer tudo diferente!
Explorar novos caminhos, ousar, inventar ou apenas reinventar-se. É entrar numa
loja e comprar aquela roupa que não tínhamos coragem de usar por achar que ela
não cairia tão bem e que nos faria parecer gordos demais ou ridículos! O
processo de reconstrução nos obriga a testar possibilidades inimagináveis como
recurso incondicional de mudança. Quem se importa em parecer ridículo quando
tudo o que se viveu, até então, te fez sentir-se assim?