domingo, 1 de janeiro de 2023

Cinco Desejos

 


Começamos mais um ano! Para alguns o começo de uma nova fase ou o encerramento de um ciclo. Para outros o recomeço e a certeza de que dias melhores virão...

Não acredito que este seja o momento de nos torturarmos com os erros cometidos e, principalmente, nos erros que somos acusados. Alguns deles, acredite, fazem parte dos julgamentos pelos quais somos submetidos por aqueles que querem ter mais poderes sobre nossa vida do que nós mesmos.

Libertemos a mente das culpas e angustias, deixemos nosso espírito leve para receber com gratidão tudo aquilo que a vida nos reserva. Um passo de cada vez e assim chegaremos onde queremos chegar!

Aqui estão meus votos para este novo ano:

 

1. Liberte-se das opiniões alheias

Esses dias li algo que me fez pensar, ou melhor, repensar no quanto precisamos nos libertar da dependência e consequências das opiniões alheias, as quais nem sempre nos levam onde queremos e precisamos estar: “... as opiniões dos outros são muletas. Quem tem pernas fortes como eu, não precisa de muletas...”. Somos incrivelmente fortes e, embora duvidemos, somos capazes de seguir nosso caminho e ir muito além do que imaginamos. O que nos limita, na maior parte das vezes, é a dependência da aprovação dos outros para algo que diz respeito apenas a nós. É pelo nosso futuro e felicidade que estamos lutando, então por que entregar aos outros algo tão valioso? Nossas pernas são fortes para a caminhada e, também, para levantarmos após uma queda, mesmo que elas sejam frequentes. Ainda assim as quedas não nos impedirão de chegarmos onde desejamos. Existe uma enorme diferença entre a opinião que nos limita e o conselho que nos sugere melhoras. Pense nisso!

 2. Valorize-se!

Tenha a consciência do próprio valor e não permita que ninguém o desmereça! Não se submeta, de maneira alguma, ao desdém das pessoas e nem que elas te diminuam. Se elas não forem capazes de enxergar a sua beleza e reconhecerem o quão especial você é, então busque quem possa retribuir a sua existência com alguma gentileza. Não espere reconhecimentos, mas conquiste o seu espaço e saiba, sobretudo, se valorizar. O valor não está no que pensam de você e sim em quem você de fato é!

 3. Seja gentil com você

Normalmente esperamos das pessoas a gentileza que não somos capazes de oferecer a nós mesmos. Liberte-se! Olhe mais para si e pare de se preocupar com os olhares dos outros. Nem sempre as pessoas nos olham da forma que gostaríamos, pois é comum, em cada forma de olhar existir, mesmo que subliminarmente, um julgamento. E quem precisa ser julgado em suas próprias batalhas?

4. Pratique o perdão

É difícil, mas necessário! Perdoar é libertador, mas não o faça se não vier do coração. Perdoar é diferente de virar a página. Ele exige algo maior que vai além de nossa vaidade ou ego, mas indica o quanto evoluímos com essas experiências e, acredito que, evolução seja o grande objetivo dessa nossa passagem.

5. Procure a sua felicidade

Eu sempre pensei que a felicidade estaria no topo da minha lista de desejos. Por muitos anos a deixei lá e cada vez que revisava a minha lista ficava frustrada por não identificar a felicidade na minha vida. Após longos e árduos anos, entre muitas quedas, recomeços, decepções, frustrações e mágoas; entendi que estava invertendo a ordem das coisas ou que não havia percebido no que consiste, de fato, a felicidade. Não pense nela como algo que fica escancarado e a mostra para quem quiser ver. Felicidade não se trata daquilo que você quer mostrar aos outros, mas com aquilo que mantem a sua paz e tranquilidade. Ela age silenciosamente e somente você a percebe. É como aquele vento suave que surge inesperadamente num momento que você precisa se refrescar. Você não sabe exatamente de onde ele veio e nem de que direção... você apenas o sente e sabe que foi o necessário para lembrá-lo do quanto precisamos de coisas pequenas e quase que imperceptíveis  para nos sentirmos bem. Talvez, em nossas buscas, imaginamos a felicidade como algo grandioso que vai nos salvar de todas as mazelas da vida e aí está o equívoco que causa a frustração e torna nossa busca incessante. 

Procure a sua felicidade e não exija resultados monumentais. Aprecie as pequenas conquistas, o sabor do sorriso e, sobretudo, a paz que acalma seu coração. No final das contas encontramos a felicidade dentro de nós, em lugares tão secretos que se não formos cautelosos, ignoraremos a sua existência e, consequentemente, negligenciaremos a nossa própria existência. Então, passaremos a dar ouvidos às opiniões alheias, deixaremos de reconhecer nosso valor, de sermos gentis conosco acumulando culpas desnecessárias e, desta forma, transformando nossas próprias insatisfações em mágoas que nos impedirão compreender a necessidade do perdão. Percebe que boa parte do conteúdo está em nós e não nos outros? Temos todas as ferramentas e, mesmo assim, achamos que os outros farão mais por nós do que nós mesmos.

Que este seja o ano do seu despertar! O ano em que você será apenas você e não aquilo que esperam ou querem de você.

 

Jackie Freitas


quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Chegada e Despedida

 Chegamos! Comemore porque, chegamos aqui!


Foi um ano difícil, repleto de medos e inseguranças; um ano em que tivemos que lidar com nossos fantasmas, confrontar nossos monstros, travar nossas próprias batalhas... Mas, se chegamos aqui, podemos dizer que vencemos! E isso nos torna heróis por excelência, afinal de contas somos vencedores, pois assim fomos criados: para lutar e vencer. Sim, caímos diversas vezes durante o percurso, nos machucamos e até duvidamos se poderíamos levantar e prosseguir, mas, levantamos, prosseguimos e aqui estamos!

O grande lance não é contabilizarmos as quedas ou as feridas, mas em celebrar aquilo que possuímos de mais valoroso: a VIDA! E é disso que se trata toda essa experiência; compreender que somos abençoados e se estamos aqui agora, temos mais motivos para agradecer do que reclamar. Eu poderia me juntar a uma multidão de queixosos e enumerar as dificuldades enfrentadas, especialmente nesse atípico ano; porém, me recuso a fazer parte desse grupo e contribuir com essa esfera de energia depressiva. Acredito, sobretudo, que somos melhores quando surgem os desafios e que superá-los nos torna pessoas mais fortes e conscientes da grandeza que nos cerca. Talvez não nos tornemos pessoas melhores, embora esse seja o objetivo, mas, certamente, promovemos mudanças em nós, nos outros e naquilo que nos cerca.

Ouço diariamente, o tempo todo incansavelmente, que este ano não foi fácil e fico me perguntando: e quando foi? Por que temos a tendência em achar que pra vida
ser “boa” precisa ser fácil?  Por que carregamos tantas culpas e fardos quando só precisamos literalmente viver? E a vida tem as suas implicações que nos desafia, nos instiga a ir além, a sair da zona de conforto e buscar alternativas. Se estivermos numa trilha e de repente surgir uma barreira, temos opções: voltar ao início e traçar outro trajeto, sentar e chorar por não poder seguir adiante e ficar paralisado ou, começar a remover aquilo que está bloqueando o caminho, impedindo qualquer possibilidade de crescimento e evolução. Vai nos cansar, tomar tempo e é aí que está o desafio, afinal as pessoas determinadas compreendem que não há continuidade sem esforços ou sacrifícios. Não podemos dizer que vencemos e, tampouco, nos sentirmos vencedores se não formos capazes de superar obstáculos. Não podemos possuir aquilo que não conquistamos!

A minha mensagem de final e começo de ano se resume a uma palavra: PARABÉNS! Você, eu e todos somos vencedores! Chegamos aqui e me arrisco a afirmar que iremos ainda mais longe! Foi um ano difícil, sim, mas não se iluda achando que não teremos anos iguais ou piores. A questão não está no ano que vivemos e em suas dificuldades e sim na pessoa que somos e como podemos contribuir para que nossos dias sejam efetivamente melhores. Um dia por vez... Não tem outra fórmula: “step by step”.

Falamos em coletividade e no quanto nossas ações repercutem na vida do próximo... Precisamos de uma pandemia para atingir essa “consciência”? Portanto, tenha em mente que a coletividade foi e sempre será essencial para a nossa existência, afinal é disso que se trata sociedade, contudo, não haverá contribuição se não soubermos lidar individualmente com nossas responsabilidades. Percebe agora que toda transformação ocorre de dentro pra fora? Não podemos amar se não formos capazes de amar a nós mesmos, não doaremos bondade aos outros se não formos gentis conosco, não seremos capazes de perdoar se, sequer, perdoamos nossos próprios erros e falhas... e assim por diante.

Precisamos iniciar o ano com um olhar mais brando! A nós, aos outros e, sobretudo, pra vida... Humildade e consciência de que fazemos parte de algo grandioso. Convicção de que somos fortes e capazes de enfrentar qualquer


obstáculo e que são eles que nos movem adiante. Fé, independente da crença, mas, acima de tudo em nós e na capacidade transformadora que temos! Amor, solidariedade e muita humanidade. O mundo precisa disso! Saúde (e hoje entendemos a sua valiosa importância)! E, o meu voto (ou conselho) preferido: GRATIDÃO! Agradecer pela vida e benção de existir. Se estamos aqui e agora somos privilegiados e muito abençoados! Estamos respirando (e como é precioso esse ar)! Não importa quantos problemas enfrentamos ou o quanto nos machucamos; superamos cada obstáculo, removemos cada pedra no caminho e se foi difícil, ainda assim chegamos aqui! Um brinde a vida e aos seus desafios. Somos mais fortes, mais conscientes e quiçá, mais humanos!

Feliz Ano Novo... Feliz pessoa nova... Feliz olhar novo... Feliz caminhada... Feliz chegada... 

Jackie Freitas

 “Não há transição que não implique um ponto de partida, um processo e um ponto de chegada. Todo amanhã se cria num ontem, através de um hoje. De modo que o nosso futuro baseia-se no passado e se corporifica no presente. Temos de saber o que fomos e o que somos, para sabermos o que seremos.”.

(Paulo Freire)

 

 

*Imagens retiradas do Google Imagens

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Reciclando...



Realmente a mente é um instrumento poderoso em nossa vida! Ela pode ser nossa aliada para o bem ou devastadoramente para o mal. A questão está em como cuidamos dela e de que forma a alimentamos...
As informações nos chegam de todas as formas e, muitas vezes, de qualquer forma. Se não soubermos filtrar e processar o que vemos e, principalmente, o que nos dizem, acabamos enlouquecendo e fornecendo a nossa mente apenas o lixo tóxico que absorvemos. Por isso é essencial cuidarmos do espírito, mantendo-o leve e livre das maldades disseminadas pelas pessoas. Acredite, nem tudo que chega a nós é, de fato, produtivo ou positivo. Ao contrário, na grande maioria das vezes, recebemos lixo das pessoas! Talvez porque elas próprias precisam despejar seus lixos num terreno qualquer e é aí que se você não tiver sua mente saudável, acabará fazendo dela o depósito de todos os lixos que não lhe pertence!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Serenidade, Coragem e Sabedoria...


Estou dando murro em ponta de faca... Esse é um pensamento recorrente que tenho. Uma sensação indigesta de que sei o final da história e insisto nela querendo um final diferente. É como assistir aquele filme pela centésima vez,
saber as falas de cor e salteado e ainda acreditar que em algum momento surgirá uma cena nova que mudará o destino de algum personagem e, consequentemente, o final do filme... É o vazio da impotência do saber e não querer aceitar; do querer mudar e não se sentir capaz. É como sentar-se diante da TV e ficar vegetando, olhando todos os filmes já vistos, com todos os finais conhecidos e, mesmo assim, não ser capaz de mudar o canal para assistir algo novo...
 “Concedei-me, Senhor a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar; coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para conhecer a diferença entre elas.” (oração da serenidade).

Plágio é Crime! Proibida a Cópia do Conteúdo desse Blog!!!