Coragem... É Hora de Acordar!

Uma hora o sono passa... e acordamos! Um dia os sonhos findam e a realidade volta. Parece que passamos anos adormecidos, imersos no silêncio e perdidos na escuridão de um pesadelo conflitante. Uma escravidão inconsciente, mesmo que, subconscientemente, saibamos da existência das limitantes amarras e do mal que elas nos fazem. A pergunta que perturba e nunca cala é: Quando, efetivamente, teremos coragem para nos libertar de tudo que não nos faz bem e nos sufoca?

E não se trata necessariamente de coragem, mas de uma consciência que grita e ecoa por todo o nosso corpo... Não se trata de avaliar o tempo que durou essa servidão e sim do tempo que ainda resta e não pode mais ser desperdiçado. Coragem é um passo

adiantado e arriscado. Necessário, mas arriscado. Coragem é a chama que aquece a alma dos fracos devolvendo-lhes um fio de esperança... Um pequeno fio que divide o mundo dos fracos e dos valentes. E afinal todos querem ser valentes! Todos querem vencer as suas próprias batalhas e sobreviver ao caos humano. Coragem é o risco de se perder na valentia e nunca mais se encontrar.

Sabemos muito pouco de nós e das nossas capacidades. Desconhecemos o lado sombrio que habita em nós porque precisamos que o nosso lado “humano” fale por nós e não sobre nós. Escondemos nossas inseguranças e enterramos nossos medos no passado, sendo forçados, desta forma, a viver outra parte de nós. O dia que a consciência grita, somos despertados... Hora de acordar!

Como diz a música: “não há tempo pra viver em vão...”. Que não nos percamos no vão do nosso ser ou das nossas vontades. Que o vão entre nossos sonhos e realidade não se torne um abismo intransponível.

Coragem para sermos valentes e fracos na medida exata e na proporção necessária para a sobrevivência de tudo que há de humano em nós. Coragem para nos libertarmos de todas as amarras que nos aprisionam e nos mantém no vão de nós mesmos. Coragem para acordar e viver...

Jackie Freitas

“Não há despertar de consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão”.

Carl Jung

*Imagens retiradas do Google Imagens