Maneiras de Amar
“De todas as maneiras que há de amar, nós
já nos amamos...”.
OK; entendi a letra e não é difícil captar
a mensagem que Chico Buarque quis transmitir nessa música que ganha ainda mais
intensidade na voz de Maria Bethânia; porém, entretanto, todavia, no meu ponto
de vista não há muitas maneiras de amar...
Tudo bem que no amor se vive mil emoções como
em uma montanha russa, com seus altos e baixos, mas ele nunca deixará de
proporcionar aquele mágico sentimento que só quem ama ou amou de verdade sabe e
não consegue explicar. Nenhuma experiência explica ou se compara ao amor!
Claro que algumas vezes nos decepcionamos, mas
aí não estamos mais falando sobre amor e sim sobre expectativas... É nessa
transição que esquecemos o verdadeiro significado do amor e passamos a tentar
compreender as nossas vontades, desejos e, em alguns casos, egoísmo...
Queremo-nos no outro... Na
utopia de se viver o tão sonhado “dois em um”, esquecemo-nos da individualidade e características que cada um de nós possui e passamos a cobrar gestos como provas de amor. Queremos atos que nos provem algo que já foi previamente certificado pelo coração... Mas qual a importância disso quando a questão é apenas satisfazer nossas carências, mimos e inseguranças? Atos advindos de cobranças não podem ser qualificados como provas de amor. O amor
tem vidas
(de duas pessoas) e precisa, como elas, respirar. Precisa de leveza, confiança
e liberdade. Sim, liberdade! Porque o amor não vive e tampouco sobrevive em
cárcere...utopia de se viver o tão sonhado “dois em um”, esquecemo-nos da individualidade e características que cada um de nós possui e passamos a cobrar gestos como provas de amor. Queremos atos que nos provem algo que já foi previamente certificado pelo coração... Mas qual a importância disso quando a questão é apenas satisfazer nossas carências, mimos e inseguranças? Atos advindos de cobranças não podem ser qualificados como provas de amor. O amor
Não há formas de amar... Para mim a única existente
é aquela que se ama e é amado, simples assim! Eu sei que ele (o amor) é
complexo e está bem longe de ser uma ciência exata, afinal estamos falando de
pessoas que, apesar de diferentes, buscam igualdades e complementos entre si;
entretanto, ainda assim, uma das maiores belezas do amor é justamente o
equilíbrio das diferenças! É saber lidar com elas numa sintonia que transcende
a razão ou qualquer convencionalismo. É saber se permitir loucuras prazerosas e
divertidas, sem causar danos à relação, porque, neste caso, loucura e
insanidade são coisas totalmente diferentes! Quem pensa que amar é viver cega e
desvairadamente, não saiu ainda do estágio da inconsequente paixão. O amor nos
dá certezas que sentimentos como a paixão, o tesão e a obsessão são incapazes de identificar. Certeza de que
apesar de nossos defeitos somos respeitados sem que precisemos coibir a pessoa
que somos de verdade. Certeza de que alguém irá se deliciar com nossos carinhos
e dará gostosas risadas com nossas bobeiras. Certeza da reciprocidade e
tranquilidade na entrega dos nossos melhores sentimentos. Porque alguém
especial irá recebê-los com braços e abraços, sorrisos e suspiros, colo e
ombros amigos. O amor verdadeiro nos deixa leve o bastante para flutuarmos e,
então, ele se torna nosso chão e alicerce. E, apesar disso, ele não nos obriga
a ser dependentes dele. Aí mora o segredo e a beleza da liberdade do amor... Qualquer
coisa fora disso ou quando deixar de ser isso, não é amor...
O amor ainda é a poesia da vida, uma luz
que direciona e não nos cega, um caminho a ser trilhado e não um labirinto para
nos perdermos. Nele não cabem palavras feitas pra sangrar, humilhar ou machucar
(como diz a música)...
Ele enfrentará dificuldades, mas a própria força
que o rege será capaz de superar qualquer obstáculo. E essa será a mais importante prova que precisaremos...
De todas as maneiras que há de amar... Essa
é a única que conheço e aceito!
Jackie
Freitas
“Não confundas o
amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque,
contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de
propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer...”.
Antoine de Saint-Exupéry
*Imagens
retiradas do Google Imagens
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