Sempre que ouvia ou dizia essa frase,
sentia certo conforto por acreditar que independente das circunstancias, a vida
segue. Parecia uma forma confortável de aceitar passivamente as resoluções da
vida, como se não tivéssemos muitas escolhas para mudar, restando como opção a
aceitação. Mais ou menos como dizer: “é o que tem para hoje!”.
Há muitas escolhas na vida... Estamos
cercados de escolhas e as fazemos o tempo inteiro. Essa é uma das prerrogativas
que temos do momento que nascemos até nossa morte. Entretanto, dentro de tantas
escolhas a fazermos, duas delas são as mais importantes e que norteiam todo o
resto: viver ou sobreviver...
Pode parecer redundante falar da vida
dentro do seu próprio contexto, mas o fato é que viver é a mais importante e
difícil de todas as escolhas. Na grande maioria das vezes, sem que percebamos
ou temos consciência, apenas sobrevivemos... Fazemos essa escolha e reagimos automaticamente
às diversas situações, como se ativássemos um piloto-automático que comanda
nossos passos e direção. Deixamos de nos importar com as nossas vontades e de
lutar pela realização dos nossos sonhos! Apenas prosseguimos, vivendo um dia
após o outro, sem grandes perspectivas ou preocupação com o futuro. É como
seguir uma viagem sem olhar pela janela, dormindo e aguardando a chegada ao
destino, mesmo que não saibamos qual seja ele. O importante é apenas chegar a
algum lugar. Vida que segue...