E Ela Sorriu Para Mim…
Os dias vão passando depressa (ou somos nós que passamos apressados por eles) e nas poucas horas de descanso lembramos-nos do que podíamos ter feito, do que ficou para trás, dos sonhos que não realizamos, das oportunidades que perdemos, das pessoas que nos magoaram ou magoamos... E por aí vamos perdendo outros preciosos minutos.
Quantas conquistas foram semeadas e deixadas perdidas, à míngua, no solo? Anos de sonhos, transformados em projetos que acabaram em meros rascunhos da idealização de uma vida. Daquilo que deveria ser a vida!
Fico pensando que a vida não pede grandes planejamentos. Não estou dizendo que um pouco de organização não faça bem, mas escravizar-se em metas e cobranças também não é saudável. A vida é movimento constante. Mutável e adaptável e nós reagimos a ela conforme as circunstâncias apresentadas. E se for para reagirmos, que seja, então, pelo lado mais positivo e não negativo. Que as nossas energias sejam canalizadas na construção de algo que nos leve de fato à evolução. Perder tempo com suposições ou com lamúrias, de certo não é o que precisamos. O tempo corre independente de nossos acertos e erros, de nossas alegrias ou tristezas. Ele nunca pára! Está lá, correndo seus minutos e segundos, arrastando dias, meses e anos e nós precisamos acompanhá-lo, senão seremos engolidos por ele.
De que vale passar por aqui sem sentir que pôde viver a intensidade de cada momento, sendo ele bom ou ruim? Por isso, passei a dedicar o meu tempo nas melhores construções, não planejadas, mas trabalhadas com carinho e paciência, respeitando os meus limites. Não exijo de mim o que ainda não estou preparada para compreender. Aprendo um pouco mais a cada dia e assim vou progredindo com o tempo que tenho... Com o tempo que percebo! Valorizo cada minuto da vida... Valorizo cada conquista!
E então, nesses dias, totalmente distraída em minhas pequenas conquistas, empenhada em minha própria construção, abri a janela para sentir o que a vida tinha a me dizer. Ela não me disse nada! Ainda assim, continuei (não mais distraída) a construir as minhas pontes, pois precisava sair da minha clausura e buscar nesse tempo que me é ofertado, mais “tijolos” para essa construção...
E avançando à medida que a ponte evoluía, vi o mundo ao meu redor e olhei a vida por outro ângulo...
E ela sorriu para mim!
Jackie
Freitas
“Se você se sente só, é porque ergueu muros em vez de pontes.”
(William Shakespeare)
*Imagens retiradas do Google Imagens
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