Quem me acompanha sabe o quanto me
desagrada passar por essa época do ano e por esse processo cansativo que, a meu
ver, é apenas um ritual hipócrita, desprovido, em sua maioria, de qualquer
sentimento que não seja apenas o de apaziguamento da consciência. Espécie de “cumprimento
ao dever”...
De um modo ou outro acabamos forçados a
participar desse cenário, então, como contribuição a todo esse clima “mágico”
que toma conta de todos, gostaria de expressar meu humilde pensamento sobre a
verdadeira conduta que deveria representar o tal espírito natalino.
Gosto muito desse pensamento: “Deus coloca anjos em nossa vida em forma de
amigos...”. E é sobre essas pessoas especiais que gostaria de escrever.
Sempre pensei na individualidade como forma
de fortalecimento e, sobretudo, como aprendizado. Muitas vezes somos nós que
criamos nossas oportunidades e, também, as desperdiçamos. Qualquer decisão que
tomamos ou o modo como agimos ao longo da vida, refletirá diretamente sobre nós
mesmos e suas consequências serão sentidas a curto, médio ou longo prazo. Não existem
responsáveis ou culpados, senão nós mesmos...
Seguindo essa linha de pensamento, acabamos
carregando um pesado fardo, acreditando com veemência nas penalidades e atribuindo
todos os castigos recebidos como obra de Deus. E essa forma de pensar é uma das
consequências do individualismo! Aprendemos a lutar e até mesmo a sofrer
sozinhos, e quando perdemos a crença naquilo que deveríamos chamar de vida,
Deus se manifesta com a mesma veemência e nos apresenta os seus anjos...