quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Chegada e Despedida

 Chegamos! Comemore porque, chegamos aqui!


Foi um ano difícil, repleto de medos e inseguranças; um ano em que tivemos que lidar com nossos fantasmas, confrontar nossos monstros, travar nossas próprias batalhas... Mas, se chegamos aqui, podemos dizer que vencemos! E isso nos torna heróis por excelência, afinal de contas somos vencedores, pois assim fomos criados: para lutar e vencer. Sim, caímos diversas vezes durante o percurso, nos machucamos e até duvidamos se poderíamos levantar e prosseguir, mas, levantamos, prosseguimos e aqui estamos!

O grande lance não é contabilizarmos as quedas ou as feridas, mas em celebrar aquilo que possuímos de mais valoroso: a VIDA! E é disso que se trata toda essa experiência; compreender que somos abençoados e se estamos aqui agora, temos mais motivos para agradecer do que reclamar. Eu poderia me juntar a uma multidão de queixosos e enumerar as dificuldades enfrentadas, especialmente nesse atípico ano; porém, me recuso a fazer parte desse grupo e contribuir com essa esfera de energia depressiva. Acredito, sobretudo, que somos melhores quando surgem os desafios e que superá-los nos torna pessoas mais fortes e conscientes da grandeza que nos cerca. Talvez não nos tornemos pessoas melhores, embora esse seja o objetivo, mas, certamente, promovemos mudanças em nós, nos outros e naquilo que nos cerca.

Ouço diariamente, o tempo todo incansavelmente, que este ano não foi fácil e fico me perguntando: e quando foi? Por que temos a tendência em achar que pra vida
ser “boa” precisa ser fácil?  Por que carregamos tantas culpas e fardos quando só precisamos literalmente viver? E a vida tem as suas implicações que nos desafia, nos instiga a ir além, a sair da zona de conforto e buscar alternativas. Se estivermos numa trilha e de repente surgir uma barreira, temos opções: voltar ao início e traçar outro trajeto, sentar e chorar por não poder seguir adiante e ficar paralisado ou, começar a remover aquilo que está bloqueando o caminho, impedindo qualquer possibilidade de crescimento e evolução. Vai nos cansar, tomar tempo e é aí que está o desafio, afinal as pessoas determinadas compreendem que não há continuidade sem esforços ou sacrifícios. Não podemos dizer que vencemos e, tampouco, nos sentirmos vencedores se não formos capazes de superar obstáculos. Não podemos possuir aquilo que não conquistamos!

A minha mensagem de final e começo de ano se resume a uma palavra: PARABÉNS! Você, eu e todos somos vencedores! Chegamos aqui e me arrisco a afirmar que iremos ainda mais longe! Foi um ano difícil, sim, mas não se iluda achando que não teremos anos iguais ou piores. A questão não está no ano que vivemos e em suas dificuldades e sim na pessoa que somos e como podemos contribuir para que nossos dias sejam efetivamente melhores. Um dia por vez... Não tem outra fórmula: “step by step”.

Falamos em coletividade e no quanto nossas ações repercutem na vida do próximo... Precisamos de uma pandemia para atingir essa “consciência”? Portanto, tenha em mente que a coletividade foi e sempre será essencial para a nossa existência, afinal é disso que se trata sociedade, contudo, não haverá contribuição se não soubermos lidar individualmente com nossas responsabilidades. Percebe agora que toda transformação ocorre de dentro pra fora? Não podemos amar se não formos capazes de amar a nós mesmos, não doaremos bondade aos outros se não formos gentis conosco, não seremos capazes de perdoar se, sequer, perdoamos nossos próprios erros e falhas... e assim por diante.

Precisamos iniciar o ano com um olhar mais brando! A nós, aos outros e, sobretudo, pra vida... Humildade e consciência de que fazemos parte de algo grandioso. Convicção de que somos fortes e capazes de enfrentar qualquer


obstáculo e que são eles que nos movem adiante. Fé, independente da crença, mas, acima de tudo em nós e na capacidade transformadora que temos! Amor, solidariedade e muita humanidade. O mundo precisa disso! Saúde (e hoje entendemos a sua valiosa importância)! E, o meu voto (ou conselho) preferido: GRATIDÃO! Agradecer pela vida e benção de existir. Se estamos aqui e agora somos privilegiados e muito abençoados! Estamos respirando (e como é precioso esse ar)! Não importa quantos problemas enfrentamos ou o quanto nos machucamos; superamos cada obstáculo, removemos cada pedra no caminho e se foi difícil, ainda assim chegamos aqui! Um brinde a vida e aos seus desafios. Somos mais fortes, mais conscientes e quiçá, mais humanos!

Feliz Ano Novo... Feliz pessoa nova... Feliz olhar novo... Feliz caminhada... Feliz chegada... 

Jackie Freitas

 “Não há transição que não implique um ponto de partida, um processo e um ponto de chegada. Todo amanhã se cria num ontem, através de um hoje. De modo que o nosso futuro baseia-se no passado e se corporifica no presente. Temos de saber o que fomos e o que somos, para sabermos o que seremos.”.

(Paulo Freire)

 

 

*Imagens retiradas do Google Imagens

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Reciclando...



Realmente a mente é um instrumento poderoso em nossa vida! Ela pode ser nossa aliada para o bem ou devastadoramente para o mal. A questão está em como cuidamos dela e de que forma a alimentamos...
As informações nos chegam de todas as formas e, muitas vezes, de qualquer forma. Se não soubermos filtrar e processar o que vemos e, principalmente, o que nos dizem, acabamos enlouquecendo e fornecendo a nossa mente apenas o lixo tóxico que absorvemos. Por isso é essencial cuidarmos do espírito, mantendo-o leve e livre das maldades disseminadas pelas pessoas. Acredite, nem tudo que chega a nós é, de fato, produtivo ou positivo. Ao contrário, na grande maioria das vezes, recebemos lixo das pessoas! Talvez porque elas próprias precisam despejar seus lixos num terreno qualquer e é aí que se você não tiver sua mente saudável, acabará fazendo dela o depósito de todos os lixos que não lhe pertence!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Serenidade, Coragem e Sabedoria...


Estou dando murro em ponta de faca... Esse é um pensamento recorrente que tenho. Uma sensação indigesta de que sei o final da história e insisto nela querendo um final diferente. É como assistir aquele filme pela centésima vez,
saber as falas de cor e salteado e ainda acreditar que em algum momento surgirá uma cena nova que mudará o destino de algum personagem e, consequentemente, o final do filme... É o vazio da impotência do saber e não querer aceitar; do querer mudar e não se sentir capaz. É como sentar-se diante da TV e ficar vegetando, olhando todos os filmes já vistos, com todos os finais conhecidos e, mesmo assim, não ser capaz de mudar o canal para assistir algo novo...
 “Concedei-me, Senhor a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar; coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para conhecer a diferença entre elas.” (oração da serenidade).

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Livro Novo


Aqui estamos em mais um ano. Parabéns a todos nós que conseguimos enfrentar as batalhas e superado as diversas quedas. Somos essencialmente vencedores.
Recebi muitas mensagens. Algumas interessantes e outras nem tanto, mas uma
dizia que no dia primeiro teríamos uma folha em branco de um livro de 365 páginas para escrevermos uma nova historia. Passei horas pensando nisso... Não sobre o que escreveria nesse “novo livro”, mas em todas as histórias que já escrevi ao longo dos anos passados. Revi todas as primeiras páginas e encontrei listas de promessas. Promessas de mudanças, realizações, objetivos, revisões e por aí a fora. Tenho certeza que a minha primeira página é semelhante a de todos, mudando apenas ordens e prioridades, mas a composição é a mesma.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Meu Melhor Amigo...


Tenho assistido a vida com certa rebeldia... Uso a idade como justificativa para a intolerância, afinal, com o passar do tempo e após ter passado por tantas coisas, permito-me ser impaciente, intolerante e até mesmo rebelde. Papo mole não me interessa; lamúrias menos ainda! Descarto logo qualquer possibilidade de vitimização, seja de minha parte ou dos outros porque cheguei à conclusão de que não somos vitimas de nada senão de nós mesmos! Autopiedade nessa altura do campeonato? Faça-me o favor!

domingo, 17 de junho de 2018

Sete Vidas...


Passei boa parte da minha vida afirmando que “só se vive uma vez” e por essa razão devemos aproveitar ao máximo todas as oportunidades, dando o nosso melhor em tudo que nos ajude crescer e a sermos pessoas melhores. Continuo acreditando na segunda parte, mas receio que não vivemos uma única vez...
Há alguns dias, por mera curiosidade, pesquisei sobre a lenda e a razão pela qual dizem que os gatos possuem sete vidas. Talvez por termos felinos em casa ou apenas para tentar encontrar algum tipo de conexão entre a lenda e a realidade, porque por mais bizarro que pareça, o termo não me soa tão absurdo. Aqui vai um breve relato (verídico) e que adiante me permitirá uma pequena analogia.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Vida que Segue...

Sempre que ouvia ou dizia essa frase, sentia certo conforto por acreditar que independente das circunstancias, a vida segue. Parecia uma forma confortável de aceitar passivamente as resoluções da vida, como se não tivéssemos muitas escolhas para mudar, restando como opção a aceitação. Mais ou menos como dizer: “é o que tem para hoje!”.
Há muitas escolhas na vida... Estamos cercados de escolhas e as fazemos o tempo inteiro. Essa é uma das prerrogativas que temos do momento que nascemos até nossa morte. Entretanto, dentro de tantas escolhas a fazermos, duas delas são as mais importantes e que norteiam todo o resto: viver ou sobreviver...
Pode parecer redundante falar da vida dentro do seu próprio contexto, mas o fato é que viver é a mais importante e difícil de todas as escolhas. Na grande maioria das vezes, sem que percebamos ou temos consciência, apenas sobrevivemos... Fazemos essa escolha e reagimos automaticamente às diversas situações, como se ativássemos um piloto-automático que comanda nossos passos e direção. Deixamos de nos importar com as nossas vontades e de lutar pela realização dos nossos sonhos! Apenas prosseguimos, vivendo um dia após o outro, sem grandes perspectivas ou preocupação com o futuro. É como seguir uma viagem sem olhar pela janela, dormindo e aguardando a chegada ao destino, mesmo que não saibamos qual seja ele. O importante é apenas chegar a algum lugar. Vida que segue...

domingo, 24 de dezembro de 2017

Anjos Nossos de Todos os Dias...

Quem me acompanha sabe o quanto me desagrada passar por essa época do ano e por esse processo cansativo que, a meu ver, é apenas um ritual hipócrita, desprovido, em sua maioria, de qualquer sentimento que não seja apenas o de apaziguamento da consciência. Espécie de “cumprimento ao dever”...
De um modo ou outro acabamos forçados a participar desse cenário, então, como contribuição a todo esse clima “mágico” que toma conta de todos, gostaria de expressar meu humilde pensamento sobre a verdadeira conduta que deveria representar o tal espírito natalino.
Gosto muito desse pensamento: “Deus coloca anjos em nossa vida em forma de amigos...”. E é sobre essas pessoas especiais que gostaria de escrever.
Sempre pensei na individualidade como forma de fortalecimento e, sobretudo, como aprendizado. Muitas vezes somos nós que criamos nossas oportunidades e, também, as desperdiçamos. Qualquer decisão que tomamos ou o modo como agimos ao longo da vida, refletirá diretamente sobre nós mesmos e suas consequências serão sentidas a curto, médio ou longo prazo. Não existem responsáveis ou culpados, senão nós mesmos...
Seguindo essa linha de pensamento, acabamos carregando um pesado fardo, acreditando com veemência nas penalidades e atribuindo todos os castigos recebidos como obra de Deus. E essa forma de pensar é uma das consequências do individualismo! Aprendemos a lutar e até mesmo a sofrer sozinhos, e quando perdemos a crença naquilo que deveríamos chamar de vida, Deus se manifesta com a mesma veemência e nos apresenta os seus anjos...

domingo, 24 de setembro de 2017

Deixe ir...

Era uma vez uma menina que via o mundo com docilidade. Acreditava nas
pessoas e desejava a felicidade de todos os seres. Certo dia encontrou um pequeno e frágil pássaro e resolveu levá-lo pra casa. Comprou uma linda gaiola e o colocou lá. Todos os dias admirava a beleza do pássaro, alimentava-o com carinho e ficava esperando que, em troca de sua generosidade, ele cantasse para ela.
Passaram-se dias e mais dias e o pássaro nada. Sem canto ou encanto, passava seus dias olhando para o horizonte através das grades da bela gaiola. A menina, que acreditava em seu gesto benevolente, ficou também triste por vê-lo tão distante do carinho e amor que ela proporcionava. E então, impetuosamente, decidiu libertá-lo. Abriu a gaiola, o segurou entre as mãos, deu um carinhoso beijo e o deixou voar em rumo ao seu destino... Nunca vira asas baterem tão fortes e um voo tão rápido. Mas, ficou feliz por saber que tinha feito a escolha certa, sobretudo pra si mesma.”.
Algumas vezes na vida precisamos tomar decisões semelhantes. Agimos, também, com a certeza de que o simples bem querer é suficiente para proporcionar felicidade a alguém. Esquecemos, entretanto, que nem sempre o nosso “querer” é o mesmo dos outros. Acabamos nos aprisionando nas melhores intenções e propostas, mantendo um relacionamento que não evolui e nem proporciona nada além de sofrimentos. Acreditamos, ingenuamente, que o tempo cuidará tanto do amadurecimento quanto da “cura” da relação, e no decorrer desse tempo percebemos que nada mais fazemos do que prolongar uma decisão que deveria ser tomada nos primeiros sintomas de desconforto ou infelicidade: deixar ir!

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Até Logo...

Ao meu amigo Marcelo Parrillo

Faz muito tempo que não conversamos. A última vez que nos vimos trocamos rapidamente um olhar com a promessa de que nos veríamos de novo e que tudo ficaria bem novamente. Mas não nos vimos mais... Não nos falamos e nada ficou bem...
Hoje penso que deveria ter voltado naquele dia. Voltado atrás e superado minha teimosia, birra e ranhetice; sentado e conversado ou, pelo menos, perguntado como você estava. Deveria ter agido da forma correta com que os amigos agem uns com os outros... Mas não fiz e simplesmente fui embora...
Hoje, quem partiu foi você! E desta vez não terei a chance de reencontrá-lo com aquele sorriso no olhar. Nem sequer terei a chance de pedir perdão por não ter sido a amiga que você precisava e esperava que eu fosse. Hoje você partiu e tudo o que ficou foram as lembranças das muitas gargalhadas que demos juntos. Ficou a dor de não ter te dito que enquanto humanos erramos de todas as formas, mas que nenhum erro deve superar a aliança da amizade. Sinto-me fracassada por ter desperdiçado essa oportunidade...

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Crescer Lentamente...

Quando comecei a escrever esse texto queria transmitir uma mensagem totalmente diferente...
Ontem foi meu aniversário e sempre que posso, nessa data, escrevo algo em forma de celebração ou agradecimento a vida. Mas, diferentemente dos anos anteriores, ontem não tinha esse objetivo porque achava que não havia razões para comemorar... Estava dominada pela tristeza e por tantas insatisfações que não me pareceu justo comemorar algo que eu mesma não enxergava.
Tem um provérbio chinês que diz “Não tenha medo de crescer lentamente. Tenha medo apenas de ficar parado.” e, no fundo, saber diferenciar uma coisa da outra é que acaba nos confundindo algumas vezes. Não sabemos ao certo se estamos no processo lento do crescimento, absorvendo cada etapa da vida, aceitando nossas falhas e aprendendo com elas ou se apenas nos deixamos dominar pelo medo, permitindo que ele nos paralise e impeça de darmos o próximo passo. Às vezes parece que caminhamos com uma venda nos olhos e que a qualquer momento cairemos num precipício, tamanha é nossa insegurança acerca da vida. Não sabemos sobre o futuro e isso nos perturba porque de algum modo achamos que a sabedoria implica em conhecer muito mais sobre o futuro do que sobre nós mesmos.

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